Fazer cachaça era uma tradição na família de Maria Izabel pelo lado paterno, os Costa. Há documentos de meados do século XIX atestando, que seu bisavô, Francisco Lopes da Costa, produzia e exportava cachaça em suas três fazendas, cada uma com seu alambique: a de cima, Carretão; a do meio, Bananal; e a de baixo, Bom Retiro. Registra-se ainda que a cachaça enviada em garrafas de cristal para o rei Alberto da Bélgica, em visita ao Rio de Janeiro no início do século XX, era da produção de seu Chiquinho do Carretão, como era conhecido.
Seu filho Samuel Costa – também um dos prefeitosmais importantes da história de Paraty – continuou a produção; mas esta acabou sendo interrompida em algum momento por volta da década de 1940. Maria Izabel nasceu e cresceu na fazenda do Bananal, mas lá não mais se fazia cachaça, seu pai tendo morrido cedo. Seria só muitos anos mais tarde, ao adquirir o Sítio Santo Antônio e nele começar a plantar cana, que Maria Izabel retomaria a tradição da família, ao decidir tornar-se uma produtora de cachaça como seus antepassados.